Atualizado em 22/08/2025 – 12:09
Com a publicação das pesquisas na semana passada, iniciamos mais uma fase do VIXFeed, com a expectativa de que nossos leitores estejam apreciando o que já está disponível e que se envolvam ainda mais com o que estamos preparando para oferecer: uma plataforma de conteúdo inovadora e de vanguarda.
A parceria com o Instituto França foi cuidadosamente construída. Trata-se de um instituto com alcance nacional, histórico de credibilidade e resultados consistentes em diferentes campos, como nas eleições presidenciais de 2022 e em capitais durante as eleições municipais de 2024.
É importante reforçar que pesquisas representam a fotografia de um momento. Quando repetidas em série, como planejamos, permitem a leitura de tendências. Nossa próxima rodada será divulgada em dois meses e, até lá, seguimos aprimorando o trabalho com a intenção de consolidar o VIXFeed como um hub de informações e análises.
O levantamento foi desenhado em conjunto com o Instituto França, buscando captar informações não apenas sobre possíveis disputas eleitorais, mas também sobre o perfil do eleitor capixaba e temas de grande relevância social, como a isenção do Imposto de Renda.
Presidência
O levantamento mostra que Lula mantém força no Espírito Santo, mesmo em um estado de histórico adverso. Sua resiliência e base cativa o colocam sempre no páreo. O desafio, no entanto, está em identificar quem será seu adversário: alguém da família Bolsonaro, Tarcísio ou outro nome? Entre governadores de direita, com exceção de Tarcísio, a presença ainda é tímida, especialmente no caso de Eduardo Leite.
Vale lembrar que em 2022 Bolsonaro venceu no ES com 58% a 42% no segundo turno, e 52% a 40% no primeiro. Resultados que, embora favoráveis, estão longe de configurar o Espírito Santo como um estado “ultrabolsonarista”. Os números sugerem que, dependendo da configuração nacional e estadual, o cenário pode ser de uma disputa apertada, considerando as derrotas anteriores de Lula, mas também sua resiliência eleitoral no estado.
Senado
Na corrida ao Senado, Renato Casagrande reafirma sua posição como a principal liderança política estadual, liderando com folga pela primeira vaga. Para a segunda cadeira, o cenário é competitivo: Contarato, Meneguelli e Marcos do Val surgem bem posicionados, embora este último ainda enfrente questões a resolver. Evair de Melo consolida-se como representante do bolsonarismo raiz, sem que se deva subestimar Manato, tradicional nesse campo.
Outro nome que aparece é Sérgio Vidigal, ex-prefeito da Serra, município com o maior colégio eleitoral do estado. Mesmo tendo se colocado de forma discreta à disposição de Casagrande, já figura na pesquisa com índices relevantes.
Governo do Estado
Na disputa para o governo, Lorenzo Pazolini desponta em primeiro lugar, enquanto o vice-governador Ricardo Ferraço mostra competitividade. A partir de 2026, a possibilidade de Ferraço assumir o governo com a caneta na mão, maior visibilidade e a máquina administrativa a seu favor pode tornar sua candidatura ainda mais robusta.
Arnaldinho Borgo, prefeito de Vila Velha, aparece como terceiro nome na preferência, mas sua proximidade com Casagrande e a boa performance de Ferraço dificultam a viabilidade de seu projeto. Ainda assim, mantém relevância política. Euclério Sampaio, prefeito de Cariacica e aliado de Casagrande, também figura bem colocado, sustentado por sua base local.
Outros recortes
As bandeiras defendidas pelo governo federal, como a isenção do Imposto de Renda para rendas até R$ 5 mil e a taxação para rendas acima de R$ 100 mil, receberam apoio expressivo entre os capixabas, demonstrando caráter suprapartidário.
O campo da esquerda tradicional no estado, embora tenha perdido espaço, ainda conserva força em cenários apertados. Falta, no entanto, uma liderança capaz de articular protagonismo, o que torna esse segmento mais parecido com um time que tem bons reservas, mas carece de titulares capazes de liderar em campo.
A ultradireita, por sua vez, é hoje a corrente mais mobilizadora no estado. Faz barulho, marca presença, mas não é majoritária. O desafio está em compreender como o eleitor pragmático e silencioso, apontado pela pesquisa como determinante, vai se comportar nas próximas disputas.
As próximas rodadas de pesquisa trarão com mais clareza como o eleitorado capixaba enxerga esse tabuleiro político e as movimentações em curso.
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