Atualizado em 06/03/2025 – 17:25
O segundo caso do vírus da dengue tipo 3 no Espírito Santo foi confirmada nesta quinta-feira (6) pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espirito Santo (Lacen/ES), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O último registro desse sorotipo no estado foi no dia 22 de fevereiro em uma jovem de 19 anos, mas antes disso, havia sido há 10 anos. Este novo caso confirmado é de um homem que reside em Santa Maria de Jetibá, região Serrana do estado.
A informação foi confirmada pela Sesa que afirma que “a circulação do sorotipo 3 da dengue no Espírito Santo já era esperada, considerando sua presença em estados vizinhos e o intenso fluxo de pessoas entre as regiões”.
O sorotipo 3 é um vírus que traz os mesmos sintomas dos demais, mas levanta uma necessidade de maior vigilância. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, a circulação é preocupante devido à possibilidade de internações pela doença.
“Por existir uma grande parcela da população que nunca teve contato com este tipo de vírus, o número de pessoas adoecidas pode aumentar levando a um aumento também de internações. Vamos manter o monitoramento dos casos e definir ações específicas, que serão debatidas dentro do Centro Integrado de Comando e Controle das Arboviroses que instituímos recentemente”, frisou Hoffmann.
Números da dengue
Os dados indicam que, apenas no ano de 2025, o estado apresentou 44.293 notificações do vírus e 9.253 casos confirmados. O munícipio da Serra apresenta a maioria dos casos confirmados com 2.456, seguido por Vitória (1.747) e Vila Velha (1.152).
Manejo
Os hospitais da rede pública seguem o protocolo de manejo clínico conforme Nota Técnica 01/2024, em conformidade com orientações do Ministério da Saúde (MS) para o atendimento a pacientes com dengue. O protocolo prevê o tratamento sintomático, medidas de suporte e hidratação venosa, conforme a classificação do paciente nos estágios da doença (A, B, C e D).
O atendimento é realizado de acordo com a gravidade do caso, garantindo a hidratação adequada e o suporte necessário. Para casos mais graves, como pacientes com hipotensão, são adotadas medidas para estabilização do quadro clínico. Importante destacar que não há tratamento específico ou medicamento exclusivo para a dengue, sendo o manejo clínico a principal abordagem para minimizar complicações.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que têm doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, apresentam maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte. Dessa forma, a Sesa reforça a importância da prevenção como a melhor forma de combate à dengue, eliminando focos do mosquito Aedes aegypti e buscando atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas.
Sintomas da dengue:
- Febre alta (maior que 38°C);
- Dor no corpo e articulações;
- Náuseas e vômitos,
- Dor atrás dos olhos;
- Mal-estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
Casos
Os boletins com as informações sobre casos de dengue são atualizados e publicados semanalmente, e podem ser acessados no site: https://mosquito.saude.es.gov.br/boletins.
Dados diários podem ser conferidos no Painel de Monitoramento da Dengue no Espírito Santo.
O desempenho da vacinação contra a dengue pode ser conferido no site Vacina e Confia.

Receba, semanalmente e sem custos, os destaques mais importantes do ES, do Brasil e do mundo diretamente no seu e-mail.