Atualizado em 17/10/2025 – 07:38
Durante o mês de outubro, a Associação GOLD (Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade), no Centro de Vitória, está recebendo uma oficina gratuita de atuação para cinema voltada a pessoas trans, travestis e não-binárias, ministrada pela atriz capixaba Suely Bispo. A atividade faz parte do projeto do curta-metragem “O Fim do Mundo”, dirigido por Paulo Sena.
A oficina acontece todas as quintas-feiras, das 15h às 17h, até o fim de outubro. e alguns participantes poderão integrar o elenco do filme.
A iniciativa busca ampliar a representatividade de corpos dissidentes no audiovisual. Os encontros são realizados na sede da Associação GOLD com o objetivo de ser um espaço de experimentação, onde o corpo, a voz e a memória se encontram para construir novas possibilidades de existência dentro e fora das telas.
Sob a orientação de Suely Bispo, que também é responsável pela preparação de elenco do filme, os participantes experimentarão dinâmicas de presença, improvisação e afeto, explorando a potência de cada corpo como instrumento expressivo. Para muitos do grupo, a oficina será um primeiro contato com o universo audiovisual de forma participativa.
O projeto é uma realização da Cabelo Seco Soluções Criativas e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), por meio dos Editais do Fundo de Cultura do Espírito Santo (Funcultura), com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG), do Ministério da Cultura (MinC). O projeto também conta com a parceria da Associação GOLD (Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade).
Ao estabelecer como público-alvo pessoas trans, travestis e não-binárias, a iniciativa busca oferecer, por meio da experiência cênica, a chance de reescrever papéis historicamente negados. Juliana Sena, produtora executiva da Cabelo Seco Soluções Criativas, destaca: “O cinema, quando se abre à diversidade, revela o que há de mais humano em nós. É emocionante ver pessoas que sempre estiveram às margens se descobrirem protagonistas de suas próprias histórias”.
As gravações de “O Fim do Mundo” estão previstas para novembro, também no Centro de Vitória. O filme dará continuidade à experiência construída na oficina, propondo um olhar sensível sobre identidade, pertencimento e resistência, refletindo a sociedade em sua pluralidade.

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