Atualizado em 18/12/2025 – 17:59
A economia do Espírito Santo deve fechar 2025 com crescimento de 3,9%, segundo projeções do Indicador de Atividade Econômica (IAE-FINDES), elaborado pelo Observatório Findes. Para 2026, a estimativa é de avanço de 1,9%. Caso os números se confirmem, o Estado registrará o quarto ano consecutivo de alta do Produto Interno Bruto (PIB).
As projeções indicam desempenho superior à média nacional. De acordo com o Boletim Focus do Banco Central, o crescimento esperado para o Brasil é de 2,3% em 2025 e de 1,8% em 2026. Os dados e análises foram apresentados em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (18), na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
O presidente da Findes, Paulo Baraona, destaca que 2025 foi marcado por desafios para o setor produtivo, tanto no cenário nacional quanto local. Entre os fatores citados estão as elevadas taxas de juros ao longo do ano e a taxação dos Estados Unidos sobre exportações brasileiras, medida que impactou diretamente o Espírito Santo. Segundo ele, cerca de um terço das exportações capixabas tem como destino o mercado norte-americano.
ES cresceu de janeiro a setembro de 2025
O desempenho da economia capixaba nos nove primeiros meses de 2025 também foi positivo. Conforme dados consolidados do IAE-FINDES, o Espírito Santo registrou crescimento de 2,5% no período, em comparação com o mesmo intervalo de 2024. O resultado ficou acima do crescimento do PIB brasileiro, que foi de 2,4%.
Entre janeiro e setembro, todos os setores econômicos apresentaram avanço no Estado. A agropecuária teve crescimento de 16%, seguida pela indústria, com alta de 3,7%, e pelos serviços, que cresceram 0,6%. Indústria e serviços foram os segmentos que mais contribuíram para o desempenho geral da economia capixaba.
De acordo com Marília Silva, economista-chefe da Findes e gerente executiva do Observatório Findes, os ganhos de produtividade no campo foram determinantes para o desempenho da agropecuária, enquanto, na indústria extrativa, o avanço esteve relacionado a decisões estratégicas e ao planejamento de longo prazo das empresas. Já setores mais dependentes do ciclo monetário, como os serviços, conseguiram evitar uma desaceleração mais intensa principalmente em função do dinamismo do mercado de trabalho.

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