Atualizado em 08/04/2025 – 14:59
Estudo da agência Candela aponta que 62,4% dos comentários nas redes sociais foram contrários ao posicionamento do prefeito de Vitória
Uma análise realizada pela agência de comunicação Candela e assinada por Ananda Miranda, revelou que a declaração do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, em defesa da “anistia humanitária” para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, gerou repercussão majoritariamente negativa nas redes sociais.
O levantamento, que analisou 2.035 comentários em uma publicação do jornal A Gazeta no Instagram até o meio-dia de 7 de abril, classificou as manifestações em três categorias: positivas, negativas e neutras.
Análise de comentários
De acordo com os dados divulgados pela agência, 62,41% dos comentários foram negativos, enquanto 27,52% foram positivos e 9,98% neutros. Entre os termos mais utilizados nos comentários contrários à fala do prefeito estavam “vergonha”, “golpe”, “anistia não” e “criminosos”.
A análise também identificou uma diferença significativa no engajamento entre os grupos. O comentário negativo mais curtido obteve 1.214 reações, enquanto o positivo mais popular alcançou apenas 109 curtidas, demonstrando o que a agência classificou como “baixa mobilização da base bolsonarista” neste episódio.
Repercussão
O estudo comparou a repercussão de duas situações recentes envolvendo o prefeito: o desfile no Sambão do Povo, em fevereiro de 2025, e a declaração sobre a anistia, em abril. Segundo a Candela, enquanto o episódio do Sambão gerou um “efeito de viralização cômica”, transformando-se em memes, a questão da anistia provocou uma rejeição mais politizada, concentrada em perfis jornalísticos.
Hospital na pandemia
A agência também destacou que 5% dos comentários fizeram referência à polêmica visita de Pazolini ao Hospital Dório Silva durante a pandemia, em 2020, indicando que o episódio ainda influencia a percepção pública sobre o prefeito.
Bolsonarismo
O levantamento da Candela relaciona o posicionamento de Pazolini à sua aproximação recente com figuras do bolsonarismo capixaba, como Evair de Melo, Magno Malta, Carlos e Soraya Manato, e Coronel Ramalho, articulada pelo secretário de Governo, Erick Musso.
A pesquisa ainda contextualiza o resultado com dados nacionais da Genial/Quaest, que indicam que 56% dos brasileiros são contra a anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, enquanto 34% são favoráveis.

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