Atualizado em 18/03/2025 – 13:01
Em meio ao ato realizado nesta segunda-feira (17) pedindo justiça pela morte de Breno Rezende de Carvalho, 25 anos, o músico Igor Passos, amigo de infância da vítima, deu um emocionante depoimento sobre os últimos momentos que passou com o jovem, horas antes do crime que chocou a capital capixaba.
Igor relatou que Breno era “uma pessoa tranquilíssima, extremamente boa e extremamente carinhosa”. Segundo ele, Breno era o tipo de pessoa “que você vê e vai te abraçar com toda a força do mundo”.
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O músico revelou que encontrou Breno em frente ao bar Sofá da Hebe, na Rua da Lama, algumas horas antes do assassinato. Nesse último encontro, os dois conversaram sobre suas mães – a mãe de Breno foi professora de Igor em na época de colégio, em Tabuazeiro.
“A gente parou pra conversar, ele me contou pouco da mãe dele, eu contei pouco da minha, ele me deu abraço muito forte, e eu falei ‘cara, vamos bar de novo, vou tocar ali, espero que você vá'”, recordou Igor. “Algumas horas depois eu acordo em casa e ele foi morto covardemente.”
Em seu depoimento, Igor também questionou a ausência policial na região no momento do crime. “Só agora que a polícia aparece. No dia você não tinha viatura. Onde é que estava essa polícia quando o cara foi esfaqueado na frente de monte de gente?”, indagou.
O músico ainda criticou a estigmatização da Rua da Lama como um local problemático. “Mais uma vez é sistematizada como lugar onde está problema, lugar onde tem droga. Quando na verdade o jovem está aqui trabalhando, pagando a cor do aluguel, estudando, e não pode sentar num bar pra tomar uma cerveja”, lamentou.
O crime aconteceu na madrugada do último sábado (15), por volta das 4h40. Segundo informações preliminares, Breno Rezende foi morto com uma facada após uma discussão sobre o pagamento de uma cerveja. O agressor, identificado como Vilson Luiz Ballan, dono do bar Sofá da Hebe, fugiu em uma picape branca logo após o crime.
A PCES solicita que informações sobre o paradeiro do suspeito sejam compartilhadas de forma sigilosa por meio do Disque-denúncia (181), linha gratuita disponível em todos os municípios do Estado.

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