Atualizado em 10/04/2025 – 12:26
Duas fábricas clandestinas de cachaça foram interditadas no bairro Jardim Bela Vista, na Serra, durante operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (9). Durante a ação, 4.350 litros da bebida foram apreendidos. Duas pessoas foram presas.
Segundo a polícia, a cachaça apreendida estava sendo produzida sem autorização legal e sem condições sanitárias mínimas, sendo, posteriormente, comercializada em supermercados, bares e distribuidoras.

O delegado Eduardo Passamani, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), explicou que os responsáveis faziam a mistura com uma cachaça vinda de outro local e os produtos recebiam um novo rótulo no Espírito Santo. Além disso, era usada uma substância amarela nas bebidas para melhorar a aparência. Nas fábricas, as garrafas utilizadas eram obtidas em um lixão e lavadas de forma manual, segundo a investigação.
As garrafas apreendidas são das marcas Patroa, Du Patrão e Santha Marta. As investigações apontaram que a primeira não é aprovada para mercado e não deve ser comercializada.
Já a Du Patrão era vendida como produto capixaba, mas segundo a polícia, é uma marca de Minas Gerais e ainda está sendo investigado se possui autorização do Ministério da Agricultura. Entretanto, a forma como estava sendo comercializada em terras capixabas era ilegal.
Quanto à cachaça Santha Marta, a marca também existe e possui um alambique legalizado, mas não poderia vender o produto para outra fábrica para envase, apenas para o consumidor final. Segundo a polícia, se a empresa tinha ciência desse tipo de uso do produto, também vai responder criminalmente.
Os responsáveis pelas fábricas afirmaram que compravam as bebidas de alambiques certificados, mas não apresentaram provas. Eles foram presos e estão no Centro de Triagem de Viana. Segundo a polícia, foram autuados por fabricação de bebida clandestina e venda de produto fora das normas, cujas penas somadas variam de 6 a 13 anos.
A orientação dada pela Polícia Civil a quem comprou o produto de uma das marcas apreendidas na operação é fazer a devolução para o estabelecimento onde comprou, que deve ressarcir o consumidor pela não garantia da qualidade da bebida.
A polícia irá instaurar uma nova investigação para apurar a responsabilidade dos fabricantes originais. Entretanto, até o momento, não há indícios de envolvimento. A operação foi realizada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) em conjunto com o Ministério da Agricultura (MAPA).



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