Atualizado em 19/03/2025 – 17:57
A prisão temporária de Vilson Luiz Ballan, na tarde desta terça-feira (18), ocorreu após um acordo proposto pela defesa do suspeito. Durante depoimento na delegacia, o investigado pelo homicídio de Breno Rezende de Carvalho, que aconteceu na Rua da Lama no último sábado (15), escolheu permanecer em silêncio e não responder nenhuma das perguntas da polícia. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19).
O delegado Ramiro Pereira Diniz, chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo caso, explicou que a polícia foi contatada na segunda-feira (17) pela defesa de Ballan e foi acordado que ele se entregaria. No acordo, o advogado pediu que não houvesse exposição da imagem do suspeito no momento da prisão.
Após o cumprimento do mandado de prisão temporária, Vilson Ballan permaneceu em silêncio durante o depoimento e não respondeu às perguntas na polícia. Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana, onde permanece à disposição da Justiça.
O delegado Diniz informou que Vilson já tinha passagens pela polícia, de aproximadamente 15 anos atrás, por porte de arma, posse de drogas e desacato à autoridade.

O caminho da investigação
O chefe da DHPP explicou que a equipe começou a investigar o caso assim que tomou ciência do crime.
“Imediatamente após o homicídio, a equipe da DHPP Vitória começou a diligenciar no encalço do suspeito. A gente foi até o endereço dele, ao endereço de familiares, ao endereço de amigos, não o localizamos. Ficou evidente, então, que se tratava de uma fuga. No domingo pela manhã, nós já entramos com o pedido de prisão temporária dele. Ainda no domingo, nós já estávamos com o mandado de prisão dele e, então, a gente passou a empreender diligências no sentido de capturá-lo”, detalhou.
O delegado informou ainda que a equipe da DHPP encontrou, na segunda-feira, a faca utilizada para matar Breno dentro do carro com o qual o suspeito fugiu do local do crime. Questionado sobre onde foram encontrados os materiais usados no crime, Diniz informou que foi na residência de um familiar do investigado, que permitiu que a equipe fizesse a busca em sua casa sem a necessidade de mandado.
Investigações continuam
Até o momento, a Polícia Civil trata Vilson Ballan como o único envolvido no homicídio, mas as investigações continuam.
“Ainda temos um prazo para concluir as investigações, ele [o suspeito] está preso em virtude de mandado de prisão temporária, e se, ao final desse prazo, quando a gente concluir o inquérito, ficar constatada a participação de algum outro indivíduo, essa pessoa também vai ser indiciada e presa pela equipe da DHPP Vitória”, esclareceu o delegado Ramiro Diniz.
Relembre o caso

Na madrugada de sábado (15), Breno Rezende de Carvalho foi morto com uma facada, enquanto estava com amigos na Rua da Lama, em Jardim da Penha, Vitória. Testemunhas contaram à polícia que uma confusão iniciada dentro do bar se estendeu para a calçada. O crime teria sido motivado por uma discussão a respeito de do pagamento de uma bebida.
A polícia foi acionada e encontrou a vítima já ferida, sendo amparada por uma mulher. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas Breno não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
Testemunhas relataram à Polícia Militar que o autor dos golpes fugiu do local em uma picape branca estacionada em frente ao estabelecimento. As descrições e outros elementos colhidos durante as investigações levaram à identificação do empresário.

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