Atualizado em 18/03/2025 – 17:35
Um grupo de 44 alunos de uma escola estadual de Laranja da Terra, na Região Serrana do Espírito Santo, recebeu atendimento médico após participarem de uma atividade experimental em sala de aula. O caso ocorreu na última sexta-feira (14), durante uma aula de Práticas Experimentais em Ciências, na qual uma mesma agulha foi utilizada para a coleta de sangue dos estudantes.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), os estudantes das 2ª e 3ª séries do Ensino Médio, com idades entre 16 e 17 anos, participavam de uma aula de Práticas Experimentais em Ciências sobre observação de células sanguíneas, ministrada por um professor de Química. No entanto, a atividade foi realizada sem a devida autorização da coordenação pedagógica.
A escola, cujo nome não foi divulgado para preservar a identidade dos alunos, realizava a atividade como parte de um projeto pedagógico. A reutilização da agulha gerou questionamentos sobre os protocolos de segurança adotados na prática. Diante da situação, pais procuraram a direção da escola e registraram o caso na polícia.
A Secretaria Municipal de Saúde de Laranja da Terra foi acionada e iniciou um protocolo de testagem para detectar possíveis infecções nos alunos e no professor. Até o momento, todos os exames realizados apresentaram resultado negativo.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia (DP) de Laranja da Terra. Detalhes da investigação não serão divulgados, no momento.
Já a Sedu informou que os alunos estão bem e frequentando as aulas normalmente. Todos os 44 estudantes foram submetidos a testes rápidos de diagnóstico de infecção, com resultados negativos para todas as doenças testadas. Inclusive, na manhã desta terça-feira (18), estão sendo realizados testes complementares para testar a imunidade contra hepatite B e C.
“Em relação ao professor, o contrato foi encerrado, e o caso encaminhado para a corregedoria da Sedu. Para garantir o acompanhamento adequado dos estudantes, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) realizaram uma reunião para definir os protocolos a serem seguidos. Os alunos serão submetidos a novos testes em 30 dias. Além disso, a escola promoveu um encontro com pais e alunos, contando com a presença da Semus, para prestar esclarecimentos.” – Informa a Sedu por meio de nota
O caso segue sob investigação pelas autoridades competentes.

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