Atualizado em 01/05/2025 – 18:57
No próximo sábado (03) e domingo (04), Vitória será sede do Seminário Trabalho na Cultura, encontro voltado a debater e refletir sobre o trabalho na cultura no contexto das políticas culturais no Espírito Santo e no Brasil. O evento acontece no Museu Capixaba do Negro (Mucane), no Centro da capital, com entrada gratuita e programação aberta ao público. Os interessados em participar devem chegar cedo para garantir um lugar.
Realizado pela Associação Cultural Capixaba (Cuca) e pelo Grito da Cultura, o seminário reunirá artistas, pesquisadores, coletivos culturais e trabalhadores da cultura para debates, apresentação de resumos expandidos e relatos de experiência, além de apresentações culturais. A curadora do projeto, Karlili, comemora a importância de um evento para evidenciar o trabalho na área da cultura.
“O Seminário coloca o trabalho na cultura em evidência em um momento da efervescência desse debate que é similar em vários lugares do Brasil e do mundo. A complexidade da atuação na cultura somada a uma história de negação e ausência de direitos produziu narrativas enganosas e fortaleceu projetos de poder que desmantelaram as políticas culturais, produzindo condições cada vez mais precárias de trabalho. Nesse sentido, realizar o Seminário é colocar o holofote nesse tema”, afirma Karlili.
Programação
Sábado (03)
O primeiro dia de programações começa com uma apresentação do Coletivo de Teatro Popular After e charge com Mindu Zinek, às 9 horas. Depois, às 10 horas, tem início a mesa de abertura, com o tema “O mundo do trabalho na cultura”. Participam da mesa Anna Ortega, do Nonada Jornalismo, do Rio Grande do Sul; a deputada estadual Camila Valadão; Karlili e o antropólogo e pesquisador Mauro Cordeiro, do Rio de Janeiro.
Na parte da tarde, começam às 13h30 as apresentações de resumos expandidos e relatos de experiência dos trabalhos: “Gestão, Diversidade e Cidadania Culturais: a crise da democracia burguesa e o novo mercado da cidade”, de Daniel Leite de Nadai e Matheus Manhães, do Rio de Janeiro; “Coletivo de teatro popular After”, de Letícia de Sá, Paulo Custódio e Uncle Wender, do Espírito Santo; e “Entre circuitos não institucionalizados e redes artístico-culturais independentes: a experiência da exposição coletiva ‘de uma alegria para sempre não destinável’”, de Lindomberto Ferreira Alves, João Victor Coser e Amanda Gonçalves Amaral, do Espírito Santo.
Em seguida, acontece a mesa “Cultura: trabalho e luta”, com a autora do livro “Trabalhadores da Cultura”, Amanda Coutinho, de Pernambuco; a integrante do Grito da Cultura, Amora Gasparini; Sérgio Pinto, do Movimento Carreira da Cultura, que luta por um plano de carreira para os servidores do Ministério da Cultura, do Distrito Federal; e Fátima Verônica, do Movimento Urgente de Trabalhadores da Cultura (Movuca), do Rio de Janeiro.
Para encerrar o primeiro dia do evento, acontece uma apresentação de samba com Bruna Medeiros.
Domingo (04)
No domingo (04), inicia com as boas vindas e intervenções culturais. Depois, às 10 horas, acontece a mesa “Arte, tecnologia e a Inteligência Artificial. Inovação ou precarização?”, com Brendon Barbosa, do Unidad-União democrática dos artistas digitais, do Rio de Janeiro; Rafael Bellan, pesquisador, jornalista e professor do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); a diretora de arte Thais Rodrigues, do Espírito Santo e o jornalista, produtor e cineclubista capixaba Vitor Taveira.
A partir das 13h30, acontecem novamente a apresentação de resumos expandidos e relatos de experiência, desta vez dos trabalhos capixabas: “Mulheres negras no slam capixaba: representação e espaço público”, com Carolaine Matias Souto e Vinicius Araujo de Freitas; “Minha experiência ensinando quadrinhos no IASES CSE”, com Eliabe da Silva Moraes; e “Cultura Afro-Capixaba: jongo movimento de aprendizagem na educação quilombola do Sapê do Norte”, de Josélia dos Santos do Nascimento.
Por fim, acontece a mesa “O futuro é quilombola, aldeia e favela”, com a rapper AFRONTA, do Espírito Santo; a liderança indígena de Aracruz Deusdeia Tupinikim; e a mestra quilombola do Sapê do Norte, Gessi Cassiano. Segundo a organização do evento, à tarde haverá também atrações culturais.

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