Projeto sobre ocupação artística da Ilha da Pólvora ganha livro e exposição no MAES

Atualizado em 14/05/2025 – 08:43

A ação-exposição “Não Sair Até o Rojão Estourar”, em que as ruínas de um antigo hospital na Ilha da Pólvora, entre Vitória e Cariacica, foram ocupadas por artistas e pesquisadores em 2021, ganha novos desdobramentos na tarde desta quarta-feira (14), no Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES), em Vitória. A programação gratuita inclui o lançamento de um livro, uma roda de conversa com artistas e uma ocupação expositiva na biblioteca do MAES.

O livro, que será distribuído gratuitamente, documenta a ocupação do Hospital do Isolamento Oswaldo Monteiro, na Ilha da Pólvora, em 2021, e reúne ensaios e imagens inéditas realizadas pela artista Barbara Bragato. Também estão inclusos na publicação imagens de arquivo que revelam a história da ilha, do antigo hospital e dos processos artísticos ali realizados.

A ocupação, que irá acontecer na biblioteca do museu, contará com trabalhos de artistas que antecederam ou sucederam a ação de 2021 e afirmando a Ilha da Pólvora como território de intervenções artísticas e imaginárias. Enquanto isso, a roda de conversas reunirá artistas e colaboradores do projeto para discutir temas como materialidade, imagem e paisagem – aprofundando os vínculos entre a exposição, o livro e os processos de criação que os atravessam.

A exposição original, idealizada por Clara Pignaton e contemplada pela Lei Aldir Blanc, aconteceu entre julho e agosto de 2021 e contou com dez artistas: Bárbara Bragato, Bruno Zorzal, Elisabete Finger, Fredone Fone, Luisa Lemgruber, Marcus Vinícius (1985-2012), Natan Dias, Raquel Garbelotti, Rubiane Maia e Thais Graciotti. Realizada em um hospital desativado, que funcionou de 1925 até 1990, e era utilizado como local de tratamento destinado a pacientes com tuberculose e hanseníase

Os desdobramentos do projeto que acontecerão no MAES foram contemplados pelo Edital n° 009/2023 – Seleção de Projetos Culturais Setoriais de Artes Visuais, viabilizado pelo Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).