Atualizado em 22/03/2025 – 13:49
Um expressivo aparato policial, composto por 12 viaturas da Polícia Militar, acompanhou o ato realizado na noite de sexta-feira (21) em memória de Breno Rezende, jovem de 25 anos assassinado na semana passada em frente ao bar Sofá da Hebe, na Rua da Lama. A manifestação reuniu familiares e amigos da vítima que pediam justiça pelo crime.
O número elevado de viaturas chamou a atenção dos presentes, gerando questionamentos sobre a necessidade de tamanho contingente para um evento que, desde sua concepção, foi organizado como um ato pacífico. A manifestação teve início na Praça Volgano Neto, em Jardim da Penha, e seguiu em direção ao local do crime.
A concentração de familiares, muitos vestindo camisetas com o rosto de Breno estampado, ocorreu após a Missa de Sétimo Dia na Igreja de São Francisco. Durante o trajeto, os manifestantes carregavam cartazes pedindo justiça e protestavam contra a violência urbana.
Segundo observadores presentes no local, o efetivo policial parecia desproporcional às características do evento. “Foi um ato de luto e de pedido por justiça. Não havia confronto que justificasse tantas viaturas”, relatou um dos participantes que preferiu não se identificar.
ATUALIZAÇÃO: Após a publicação desta matéria, a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) enviou nota oficial à reportagem sobre o policiamento no local.
“A Polícia Militar, por meio da 12ª Companhia Independente, informa que acompanhou a manifestação realizada na noite de ontem (21), em Jardim da Penha, Vitória. A Polícia Militar esclarece que dimensionou o policiamento de acordo com o número previsto de manifestantes. O objetivo foi garantir a segurança das pessoas presentes no ato”, informou a Assessoria de Comunicação da corporação.
A nota, contudo, não detalhou os critérios específicos utilizados para definir a mobilização das 12 viaturas para o evento.
O suspeito do homicídio, Vilson Luiz Ballan, identificado como um dos proprietários do bar Sofá da Hebe, está preso desde terça-feira (18), quando se entregou à polícia.
Durante o ato, Lara Rezende, irmã de Breno, fez um discurso emocionado questionando a violência: “A que ponto nós chegamos? Esse cara vai estar preso, mas a gente não vai ter nosso Breno de volta.”
Até o momento, a Polícia Civil trata Vilson Ballan como o único envolvido no homicídio, mas as investigações continuam.

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