Atualizado em 16/10/2025 – 13:56
Até então restritas aos olhares de poucos, mais de 200 obras de um acervo privado serão catalogadas, digitalizadas e disponibilizadas on-line na Midiateca Capixaba, tornando acessível ao público um importante patrimônio artístico e cultural do Espírito Santo e do Brasil. A previsão é de que isso ocorra ainda no primeiro semestre de 2026.
O projeto “Acervo RDA” (@acervorda) reúne nomes como Homero Massena, Dionísio Del Santo, Tomie Ohtake e Cildo Meireles, conectando passado, presente e futuro da arte. Foi aprovado em edital da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura).
As obras de arte foram reunidas ao longo de duas décadas pelo juiz, artista e colecionador Ronaldo Domingues de Almeida. Coordenado pela jornalista Adriana Machado, o projeto busca democratizar o acesso à arte e provocar reflexões sobre o papel social das coleções privadas. “Os acervos digitais são instrumentos de democratização cultural e fortalecimento da memória coletiva”, explica Adriana.
Além do registro digital, o projeto prevê visitas monitoradas à residência do colecionador e uma exposição no Museu de Arte do Espírito Santo (MAES), entre janeiro e março de 2026, culminando em uma apresentação pública e debate sobre o tema.

Próximos passos
Com a autorização do colecionador, a catalogação será conduzida conforme padrões do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da plataforma Tainacan, com a museóloga Flávia Fernandes responsável pela documentação técnica. A digitalização das obras ficará a cargo do fotógrafo Sérgio Cardoso, que emprega técnicas de alta fidelidade cromática para garantir a reprodução precisa das cores originais.
O acervo reúne nomes marcantes da arte moderna e contemporânea capixaba, como Homero Massena, Dionísio Del Santo, Hilal Sami Hilal e Levino Fânzeres, além de artistas nacionais e internacionais de renome, como Tomie Ohtake, Amilcar de Castro, Cildo Meireles e Carybé.
Para o colecionador Ronaldo Domingues de Almeida, a abertura do acervo representa uma forma de incentivo ao mercado de arte capixaba. “Espero que a divulgação da coleção de forma pública e ampla inspire outros colecionadores a investir em artistas locais e a compartilhar seus acervos”, afirma.
Todo acervo estará disponibilizado no primeiro semestre de 2026. O desenvolvimento do projeto pode ser acompanhado pelo Instagram @AcervoRDA.

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