Atualizado em 21/09/2025 – 16:30
Manifestantes se reúnem em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo, em Vitória, na tarde deste domingo (21), em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e contra o projeto que prevê anistia a pessoas condenadas pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
A PEC da Blindagem, já aprovada pela Câmara dos Deputados e em análise no Senado, tem sido alvo de críticas por dificultar o andamento de investigações e ações criminais contra parlamentares, já que condiciona a abertura desses processos à autorização do próprio Legislativo. Os manifestantes também cobram a manutenção da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ato começou às 15h. O cantor Silva e o grupo Regional da Nair devem se apresentar ao longo da tarde na manifestação.
Participam do protesto o senador Fabiano Contarato (PT) e os deputados estaduais João Coser (PT) e Camila Valadão (PSOL).
Além de Vitória, o ato também acontece em outras capitais do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, João Pessoa, Maceió, Natal, Teresina, Belém, Manaus, Cuiabá, entre outras.
Pautas
A PEC da Blindagem, aprovada nesta semana na Câmara dos Deputados, limita a investigação de parlamentares ao exigir autorização prévia do Legislativo para que deputados e senadores possam ser processados. Além disso, o texto retoma a possibilidade de votação secreta para decidir sobre a abertura de processos criminais contra membros do Congresso.
O projeto tem sido duramente criticado e recebeu o apelido de “PEC da Bandidagem”. Diversos artistas e movimentos sociais têm se manifestado nas redes e em atos públicos contra a proposta, destacando que ela ameaça a transparência e a responsabilização de políticos.
Na mesma semana, a Câmara também aprovou o regime de urgência para a tramitação do projeto de lei da anistia, que pode livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de punições relacionadas à tentativa de golpe de Estado ou reduzir sua pena.
Para os organizadores, os protestos ganham ainda mais relevância diante das discussões sobre a anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, incluindo Bolsonaro.

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