O primeiro longa-metragem do escritor, roteirista e diretor capixaba Renan Amaral, intitulado “Três”, está entrando em fase de finalização. A obra marca também a estreia da produtora Jemastê Filmes, com trajetória com curtas e webséries, no formato longa-metragem. Agora, em fase na divulgação, o público poderá acompanhar conteúdos sobre o processo de criação, pós-produção, making of e bastidores com as atrizes nas redes sociais.
A história acompanha três primas – Rita (interpretada por Ro Milani), Carla (Amparo de Gata) e Júlia (Fran Mattoso) – que se reencontram na Itália para recuperar cartas escritas na adolescência, enterradas do quintal da casa da nonna. O reencontro desperta memórias, conflitos e reflexões sobre o passado e o presente das personagens. O filme é falado em português, italiano e espanhol, e conta também com artistas locais e profissionais internacionais que ajudaram nas gravações.
A obra foi rodada em 2023 na Itália e nasceu de uma viagem de férias planejada por dois anos pelo diretor e a atriz, produtora executiva e sócia da Jemastê, Fran Mattoso.
“O plano inicial era simples: viajar. Mas como todo artista que não desliga nunca, começamos a entreter a possibilidade de fazer alguma coisa audiovisual. A Fran chamou outras duas atrizes para o projeto – Ro Milani, brasileira radicada na Itália, e Amparo de Gata, espanhola que vive em Madri. Durante quase dois anos, fizemos reuniões semanais para criar as personagens dessa história e, nesse processo, construímos um longa. A base foi o trabalho das atrizes, que criaram suas personagens a partir do método Michael Chekhov. Meu papel foi organizar esse material em uma escaleta de roteiro”, conta Renan Amaral.
Segundo o diretor, trabalhar no filme foi o processo mais criativo em que ele já se envolveu. “Optamos pela improvisação nas filmagens, o que trouxe naturalidade às cenas. Eu me inspirei em diretores como Mark Duplass, que em Blue Jay (2016) trabalhou com sinopses detalhadas e as gravações foram improvisadas pelos atores. Fizemos algo semelhante: eu roteirizei os arcos e filmava enquanto as atrizes improvisavam em cena”, explica.
Por conta da improvisação, a montagem do filme apresentou grandes desafios. A finalização só se tornou possível com os recursos da Lei Paulo Gustavo e consultoria de montagem de Tati Franklin. Agora, com corte final já fechado, “Três” segue em etapa de finalização de som e cor, com a edição e mixagem de som encabeçada por Brian Baltar e Bruno C. Hanstenreiter.

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