O compositor e pesquisador Jaceguay Lins (1947-2004) será o grande homenageado do II Fórum Capixaba de Musicologia (Focamus), promovido pela Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames). O evento, que acontece entre nos dias 10 e 11 de novembro, contará com palestras, mesas-redondas, sessões de comunicações, oficinas e apresentações musicais.
O Fórum reunirá pesquisadores, professores e estudantes que trabalham ou se interessam pela área da musicologia nas mais variadas vertentes.
Esta segunda edição do fórum celebra o legado do compositor, percussionista, clarinetista, maestro, arranjador e escritor Jaceguay Lins (1947-2004). Pernambucano que escolheu viver em Vitória, Jaceguay dedicou suas últimas décadas de vida a estudar e divulgar o congo capixaba. Sua obra está sendo resgatada, reestruturada e catalogada pelo Grupo de Pesquisa Musicológica da Faculdade de Música do Espírito Santo.
O evento é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Musicológica do Espírito Santo (Gpemus), Grupo de Estudos em Performance e Pedagogia do Instrumento (Geppi) e do Laboratório de Musicologia e História Contemporânea (Lemuhc), todos parte da Fames.
Jaceguay Lins
Jaceguay Monteiro Lins nasceu em Canhotinho (PE), em 1947, e deixou o Nordeste cedo para aprofundar seus estudos musicais, vivendo em cidades como Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória. No Rio, iniciou-se na percussão e, aos 17 anos, já integrava a Orquestra Sinfônica Nacional e outras formações de destaque. Atuou também no Instituto Villa-Lobos e compôs sua obra mais importante, “Lacrimabilis” (“aquela que chora”), uma crítica à ditadura militar, premiada na II Bienal de Música Contemporânea do Rio de Janeiro, em 1977.
Após a recusa da mesma obra em uma edição posterior da Bienal, Lins mudou-se para Vitória, em 1981, onde assumiu a regência da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo. No Estado, aproximou-se das Bandas de Congo, que marcaram sua trajetória como músico e pesquisador. Foi professor da então Escola de Música do Espírito Santo e, no fim dos anos 1990, criou a Banda 2, grupo experimental de congo formado por alunos da Ufes.
Faleceu em 2004, deixando um legado que inclui o livro “O Congo do Espírito Santo: uma panorâmica musicológica das bandas de congo”, resultado de dez anos de pesquisa e registro dessa tradição cultural.
Serviço
II Fórum Capixaba de Musicologia (Focamus)
Data: 10 e 11 de novembro
Mais informações: https://fames.es.gov.br/Not%C3%ADcia/chamada-de-trabalhos-focamus

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