Com a chegada do verão, iniciado em 21 de dezembro, e o período de férias escolares, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta a população sobre cuidados durante a estação. Entre as ocorrências mais comuns neste período estão queimaduras na pele, desidratação, intoxicação alimentar e o aumento de casos de arboviroses, favorecidas pelas altas temperaturas e pelas chuvas.
Alimentação e hidratação
A Sesa recomenda manter uma alimentação equilibrada, com preferência por alimentos naturais ou minimamente processados. A referência técnica de Promoção da Saúde da Atenção Primária, Raiany Boldrini Christe Jalles, destaca que o consumo de alimentos fora de casa exige atenção às condições de higiene e conservação.
Alimentos crus ou malcozidos, como carnes, ovos e frutos do mar, podem aumentar o risco de contaminação, com sintomas como diarreia, vômitos e dores abdominais. Preparar as próprias refeições pode contribuir para maior controle da higiene. A ingestão de líquidos ao longo do dia, especialmente água, também é indicada. A orientação é reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e industrializadas, priorizando água, sucos naturais e frutas ricas em água.
Cuidados com a pele
Durante o verão, a atenção à exposição solar deve ser reforçada. O excesso de sol pode causar queimaduras de diferentes graus, desde vermelhidão e ardor até bolhas e lesões mais profundas. Em casos leves, recomenda-se banho frio, hidratação da pele, ambiente ventilado e ingestão de líquidos. Nas queimaduras com bolhas, a orientação é não rompê-las.
A dermatologista do Centro Regional de Especialidades (CRE) Metropolitano, Renata da Penha Nascimento Módolo, orienta o uso de protetor solar com FPS 50, aplicado antes da exposição e reaplicado ao longo do dia, inclusive em dias nublados. Também são indicados o uso de chapéus, óculos escuros, roupas com proteção UV, a busca por sombra e a evitação da exposição solar entre 10h e 16h.
Arboviroses
A Sesa reforça os cuidados com a prevenção de arboviroses, como dengue, zika, chikungunya e Oropouche. Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, o calor e as chuvas aceleram o ciclo de vida do Aedes aegypti, aumentando o risco de transmissão.
Medidas como eliminar água parada, vedar caixas-d’água e limpar calhas e ralos ajudam a reduzir a proliferação do mosquito. Em áreas com presença de maruim, recomenda-se o uso de repelentes, roupas compridas e mosquiteiros.
Em caso de sintomas como febre, dores no corpo, manchas na pele ou dor de cabeça, a orientação é procurar atendimento nas UBS ou UPAs mais próximas e iniciar a hidratação imediatamente.

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