Artista Capixaba Samira Pavesi é selecionada para exposição em Recife

Atualizado em 22/09/2025 – 11:52

A artista visual capixaba Samira Pavesi vai levar sua primeira exposição individual “O que ecoa por entre vazios” para reabrir as portas da Galeria Janete Costa, localizada no Parque Dona Lindu, em Recife, Pernambuco. A abertura acontece no dia 2 de outubro, às 18h, e a visitação segue de 3 a 30 de outubro, de quarta a domingo, das 11h às 20h.

O projeto marca não apenas o retorno da galeria após meses de reforma, mas também um novo capítulo na trajetória de Samira Pavesi, artista cuja pesquisa tem se consolidado no cenário contemporâneo. A exposição reúne 40 obras inéditas, selecionadas a partir de um acompanhamento crítico e curatorial de mais de quatro anos por Steve Coimbra, curador da exposição.

Entre cheios e vazios

A investigação de Pavesi parte de estruturas que delimitam e atravessam a experiência cotidiana — como gradis e telas de contenção —, transformando-as em metáforas poéticas sobre corpo, limite e desejo. Em suportes que vão do aço à cerâmica, do papel à fotografia, a artista explora a potência do vazio como força ativa e matéria capaz de afetar.

A diversidade de linguagens é uma marca da mostra, que articula esculturas, assemblagens, pinturas, desenho, fotografias, escritas e instalação. Como aponta Daniela Avellar em seu texto, o trabalho de Samira “nos convida a habitar o vazio como promessa, uma fenda que se mantém aberta ao desejo, como se estivéssemos à espreita de uma metamorfose — a experiência sensível de estar viva”.

Nos últimos anos, Samira tem desenvolvido uma poética que se equilibra entre rigidez e porosidade, onde o corpo é presença constante — seja como metáfora, seja emexperimentações diretas na fotografia e na escrita. “É um percurso que propõe uma reflexão sobre os limites e sobre como habitamos o espaço, o corpo e a cidade. Suas obras nos fazem experimentar o que vibra e reverbera nas frestas, nos vazios”, observa o curador Steve Coimbra.

Sobre a artista

Samira Pavesi é artista visual capixaba cuja pesquisa investiga a relação entre corpo, matéria e espaço a partir de diferentes suportes e linguagens. Sua prática explora elementos visuais como grades e telas de contenção, frequentemente utilizando materiais encontrados ou aludindo à sua forma e dimensão simbólica por meio de gestos intuitivos. Sua trajetória é marcada por uma experimentação constante entre pintura, escultura, escrita, fotografia, instalação e assemblage tensionando temas que questionam nossa percepção de realidade.