Atualizado em 26/01/2025 – 19:59
A proximidade excessiva entre veículos nas ruas e rodovias é um comportamento comum, mas altamente perigoso. Conhecido como “cola traseira”, dirigir muito perto do carro da frente pode resultar em acidentes graves, especialmente em situações de frenagem repentina. Embora muitos condutores desconheçam ou ignorem, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) considera essa prática uma infração grave.
O que diz o CTB?
O artigo 192 do CTB estabelece que “deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais” é uma infração grave. No entanto, o texto não especifica qual seria a distância exata a ser mantida, tornando difícil que essa infração seja fiscalizada de maneira objetiva. Mesmo assim, quando detectada, a penalidade inclui multa de R$ 195,23 e a adição de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Por que é importante manter a distância de segurança?
A ausência de distância segura reduz o tempo de reação do condutor em situações inesperadas, como freadas bruscas ou obstáculos na via. Especialistas recomendam que a distância mínima seja equivalente ao tempo necessário para que o motorista consiga reagir e parar o veículo sem colisão. Esse intervalo varia de acordo com fatores como velocidade, condições climáticas, estado de conservação do veículo e tipo de via.
Como calcular uma distância segura?
Embora o CTB não defina uma métrica específica, uma regra prática amplamente adotada é a chamada regra dos dois segundos. Para aplicá-la:
- Escolha um ponto de referência na estrada (uma placa ou poste, por exemplo).
- Quando o veículo à frente passar por esse ponto, comece a contar dois segundos.
- Se você atingir o mesmo ponto antes de completar a contagem, é hora de aumentar a distância.
Em condições adversas, como chuva ou neblina, o ideal é aumentar esse intervalo para pelo menos quatro segundos.
Educação no trânsito como solução
A penalidade para quem não respeita a distância de segurança pode parecer branda frente aos riscos reais, mas o maior prejuízo está nas vidas colocadas em perigo. Além das campanhas educativas, é essencial que os condutores compreendam que manter uma boa distância não é apenas uma regra de trânsito, mas uma medida de autoproteção.
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