Atualizado em 02/12/2024 – 14:50
As obras em Presidente Kennedy, no Sul do estado, começam em dois dias e com previsão de entrega da primeira fase em 2027.
Anunciado em 2012, o Porto Central terá o início de suas obras nesta quarta-feira (4) em Presidente Kennedy, cidade no Sul do Espírito Santo. O investimento inicial é estimado em, aproximadamente, R$ 2,6 bilhões. A previsão de entrega da primeira fase é 2027.
O Porto Central conta com um grande projeto de infraestrutura que incluiu uma área de 20 milhões de metros quadrados licenciados, preparada para receber navios internacionais de até 25.000 TEUs (o que corresponde a, por exemplo, 25.000 contêineres de 20 pés).
Contando com todas as licenças ambientais emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fase 1 incluirá a construção da infraestrutura portuária necessária para abrigar um terminal de granéis líquidos em águas profundas.
A localização estratégica no centro da costa brasileira, em águas profundas e próxima aos principais centros produtores do país, além de um mercado de mais de 100 milhões de consumidores, posiciona o complexo como um potencial hub global para diversas operações. O projeto prevê a capacidade de receber os maiores navios do mundo, sendo descrito como um dos maiores empreendimentos portuários em desenvolvimento no Brasil atualmente. “Contribuirá para ampliar o acesso nacional a uma infraestrutura portuária de qualidade e eficiente, proporcionando excelência logística e maior competitividade do país”, afirmou o diretor Angelo Santos.
Confira:
Empregos
No pico da Fase 1 das obras, a expectativa é de que sejam empregados até 1.295 trabalhadores diretos, sendo a meta que 70% seja proveniente de mão de obra local. Existe prioridade por fornecedores e trabalhadores das áreas de influência do porto. O Porto Central vai iniciar as obras já com contratos assinados para operação de petróleo, grãos, contêineres, estaleiros e de comissionamento de plataformas de petróleo.
Impacto ambiental
A primeira intervenção será a supressão vegetal, com remoção de cerca de 65 hectares (650 mil metros quadrados). De acordo com a diretoria do Porto Central, desde 2020 já vem sendo implementadas medidas compensatórias, como o plantio de mais de 12 mil mudas nativas nas áreas de compensação florestal, com a meta de atingir 100 mil mudas plantadas ao longo da Fase 1.
Ainda segundo a diretoria, o plano ambiental também integra o resgate da fauna terrestre, iniciado em novembro de 2024, com a realocação das espécies em áreas protegidas. Para isso foram firmadas parcerias com instituições como o Instituto federal do Espírito Santo (Ifes) campus Alegre.
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