Armazém 5: Vitória ganha novo espaço cultural e exposição marcará estreia

Atualizado em 28/10/2025 – 17:47

A capital do Espírito Santo ganha, nesta quinta-feira (30), um novo espaço voltado à arte e à cultura. O Armazém 5, localizado no Porto de Vitória, abre as portas ao público às 19 horas com a exposição “Baía de Vitória: Outras Margens Possíveis”, que reúne obras de 15 artistas e propõe um olhar plural sobre a relação entre cidade, natureza e história. A entrada é gratuita.

O Armazém 5 integra o conjunto de galpões históricos revitalizados pela Vports, concessionária responsável pelos terminais da Capital e de Vila Velha, e agora passa a ser gerido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O espaço, público e multiuso, será voltado a atividades de arte, design, gastronomia e formação cultural, com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento urbano e criativo do Centro de Vitória.

Após as obras de recuperação estrutural e limpeza das fachadas, o galpão foi cedido à Secult, que firmou parceria com o Instituto Pedra para desenvolver o projeto arquitetônico e conceitual do novo espaço. A revitalização dos cinco armazéns do porto começou em agosto de 2023 e foi concluída em junho de 2024, com investimento total de R$ 100 milhões, provenientes de recursos públicos e privados. O projeto é resultado da cooperação entre o Governo do Estado, Vports, Findes, Senai e Instituto Cultural Vale.

Segundo o secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha, o novo equipamento integra um conjunto de ações voltadas à valorização da cultura capixaba e à reocupação do Centro de Vitória.

“O Armazém 5 se soma a importantes espaços culturais, como o Theatro Carlos Gomes, o Hub ES+ e o Sesc Glória, fortalecendo o ecossistema criativo da cidade. A proposta é que o local seja dinâmico, acessível e aberto a todos”, afirmou.

A exposição

A mostra “Baía de Vitória: Outras Margens Possíveis” parte da baía que conecta Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra para propor uma reflexão sobre novas formas de convivência e pertencimento nesse território. Com curadoria de Napê Rocha, Clara Pignaton e Mara Pereira, o projeto foi selecionado por meio de chamada aberta e apresenta trabalhos de Amaná, Ana Luzes, Carla Désirée, Farley José, Gabriela Gaia, Ione Reis, Jaíne Muniz, Jenni Prélio, Jessica Barcellos, João Coser, Juliana Almeida, Julio Tigre, Natan Dias, Rick Rodrigues e Yuriê Perazzini.

Além das obras dos artistas, o público poderá conferir o resultado de outras frentes da iniciativa: uma websérie que investiga as transformações da baía ao longo das décadas e produções realizadas por estudantes de quatro escolas públicas — as EEEFMs dos Palmares (Serra), Cristo Rei (Cariacica) e Maria Ortiz (Vitória) e a EEEM Godofredo Schneider (Vila Velha).

Com orçamento de R$ 498,6 mil, via patrocínio do Instituto EDP e recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura Capixaba (LICC), a exposição tem realização do Studio DAUS e apoio da Secult.