Atualizado em 22/09/2025 – 19:11
Os atos contra a PEC da blindagem e contra a anistia foram um sucesso nacional. Fato! Especialmente os do Rio, SP e Salvador foram animadores para o campo progressista brasileiro, que há muito tempo não colocava tanta gente pisando na rua.
Por que o campo progressista no Espírito Santo não consegue sair da UTI nem mesmo em situações favoráveis nacionalmente como essa?
Havia mais gente nesse ato do que nos anteriores, mas a comemoração aqui é por ter enchido uma escadaria. Estava cheio e bonito, mas…
A dificuldade de modernização e ampliação do campo progressista no ES vai se tornando perene, pois os vícios e erros vão se repetindo, independentemente de falarmos das personas políticas com mais rodagem ou das que estão iniciando sua jornada (nessas, os vícios são mais graves justamente por estarem começando).
E se tivessem feito um ato com Silva e Regional, por exemplo, como protagonistas, puxando a classe artística e cultural do ES contra esse abuso da PEC e a imoralidade da anistia? Clima leve, cultura na veia, dia bonito e manifestações contra os abusos.
Mas se fizerem isso, como os caciques apareceriam nos mesmos carros de som de sempre, falando o de sempre, para seu eleitorado cativo de sempre?
Necessária uma menção de louvor para quem pensou, nacionalmente, em chamar a classe artística para a rua. Uma bola dentro!
O PT no ES está um partido revolucionário com métodos antiquados e datados, seja pelo time que está há mais tempo, seja pelos novos nomes (pouquíssimos) que apareceram. Para ampliar, é necessário diálogo. Com quem o PTES dialoga? Com ele mesmo.
Onde estavam Luiz Paulo Vellozo Lucas e Sérgio Vidigal nesse dia em que o campo progressista brasileiro estava na lida?
Renato Casagrande fez bem em não ir ao ato. Ele é governador, tem amarras institucionais delicadas e uma eleição que se avizinha.
Mas e o PSB? Seus dirigentes e militância se engajaram? Seus representantes eleitos (deputados, vereadores) estavam no ato? Ao PDT podemos fazer as mesmas perguntas. Por que no ES esses partidos não funcionam como em outros estados?
Os resultados eleitorais, as pesquisas, a falta de mobilização dos atos e a realidade capixaba impõem essa imagem. É possível melhorar. Vários estados do Brasil jogam isso na cara do time progressista capixaba, mas não se faz isso repetindo a mesma coisa que já sabemos que não está funcionando.

Receba, semanalmente e sem custos, os destaques mais importantes do ES diretamente no seu e-mail.