Atualizado em 16/09/2025 – 08:18
O Cine Metrópolis, em Vitória, recebeu na noite desta segunda-feira (15) a estreia da videodança “Ilha do Mel”, realização do Coletivo Emaranhado. Contemplado pela Lei Paulo Gustavo por meio do edital da Secretaria da Cultura do Espírito Santo (Secult-ES), o projeto emocionou o público ao costurar dança, narrativa e paisagens naturais do estado em uma obra que exalta ancestralidade, infância e identidade.
Narrada pela personagem Preta Velha, guardiã de memórias e encantamentos, a produção é dividida em três atos que percorrem temas como a infância negra, a espiritualidade das águas e as simbologias da cultura afro-brasileira. Com 21 minutos de duração, “Ilha do Mel” apresenta uma travessia poética que convida crianças, educadores e famílias a um encontro lúdico com as divindades Yemanjá, Oxum e Nanã, entrelaçando dança, contação de histórias e cenários capixabas.
A obra tem direção de Ricardo Reis, direção de fotografia de Flora Fiorio e roteiro e coreografia assinados por Ricardo Reis e Maicom Souza, que também atuou na direção de produção. A produção executiva ficou a cargo de Laís Loyola. O elenco é formado por Abayomi Queiroz, Amanda Luzia, Jaciara Bernardino e Vivian Cunha, com figurinos criados pelo Claudia’s Ateliê e maquiagem assinada por Lorena Markely. A trilha sonora original foi composta por Dan Abranches.
Após a exibição, a equipe compartilhou bastidores da criação. O diretor Ricardo Reis destacou que o projeto nasceu da necessidade de produzir trabalhos voltados ao público infantil no campo da dança e do audiovisual, ressaltando a importância de que a obra circule nas escolas e chegue a professores e crianças.
A diretora de fotografia Flora Fiorio lembrou os desafios das filmagens, realizadas em terrenos de lama e areia, mas ressaltou a experiência como enriquecedora: para ela, acompanhar de perto o trabalho coletivo foi também um grande aprendizado.
Já o produtor musical Dan Abranches explicou que buscou uma trilha delicada e integrada às imagens, mesclando referências musicais sugeridas pelo diretor com sons da natureza. O objetivo, segundo ele, foi ampliar a conexão sensível que o projeto estabelece com o ambiente e com a narrativa.
Mais do que uma exibição, a noite no Cine Metrópolis foi um momento de celebração da cultura afro-brasileira e de fortalecimento da identidade capixaba, reafirmando o compromisso do Coletivo Emaranhado em criar obras que unem arte, educação e pertencimento.
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