O Espírito Santo não registrou, até o momento, casos de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica que tem causado mortes e internações em São Paulo e casos suspeitos em Pernambuco. Apesar da ausência de ocorrências no território capixaba, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mantém vigilância constante e orienta a população a evitar o consumo de bebidas alcoólicas de origem duvidosa.
A intoxicação por metanol é um problema de saúde pública que pode ser prevenido com atenção, informação e responsabilidade. A população deve estar alerta ao risco do consumo de bebidas adulteradas, destacou a médica toxicologista do Centro de Informação e Assistência Toxicológica – Ciatox-ES, Rinara Angélica de Andrade Machado.
De acordo com médica, as principais fontes para a intoxicação pela substância são: o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, manipulação incorreta de solventes, combustíveis ou produtos químicos contendo metanol, e ingestão acidental por crianças ou adultos que o confundem com água ou outras bebidas.
Os principais sintomas da intoxicação pelo metanol são: náuseas, vômitos, dor abdominal, dor de cabeça intensa, tontura, fraqueza, alterações visuais (como visão turva, perda da visão ou “manchas” na visão), respiração acelerada, convulsões e perda de consciência. “A intoxicação por metanol pode levar à cegueira permanente e até ao óbito”, alerta a médica toxicologista Rinara Angélica de Andrade Machado.
O metanol é utilizado principalmente em solventes industriais, combustíveis e produtos de limpeza, sendo altamente tóxico quando ingerido. Mesmo pequenas quantidades podem causar intoxicação grave, cegueira permanente e até a morte. Por isso, a Sesa orienta que a população evite consumir bebidas alcoólicas de origem duvidosa, sem rótulo ou procedência, adquirindo apenas produtos com registro e lacre em estabelecimentos confiáveis.
Cuidados e o que fazer em caso de contaminação
Embora o Espírito Santo não tenha casos confirmados, o estado segue em alerta devido à situação que vem sendo acompanhada no país, principalmente em São Paulo, onde foram registrados 25 casos de contaminação por metanol, sendo 18 em investigação e 7 confirmados, além de cinco óbitos, segundo o Governo do Estado.
A médica Rinara Machado ressalta alguns cuidados para prevenir a intoxicação pela substância, entre elas:
- não consumir bebidas de origem duvidosa (sem rótulo, sem registro ou vendidas em locais informais);
- comprar bebidas somente em estabelecimentos confiáveis e exigir nota fiscal;
- verificar o rótulo e o lacre da embalagem (não consumir se houver sinais de violação ou adulteração);
- evitar o consumo de bebidas artesanais sem procedência comprovada (como destilados caseiros não fiscalizados);
- adquirir bebidas apenas de fabricantes legalizados e com selo fiscal;
- manter atenção em festas ou eventos informais, onde bebidas adulteradas podem ser oferecidas.
“Em caso de suspeita de intoxicação, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo e, se possível, levar a embalagem ou amostra da substância ou bebida ingerida”, orientou a médica toxicologista.
A população também pode entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica – Ciatox-ES pelo telefone 0800 283 9904.
“A intoxicação por metanol é um grave problema de saúde pública, que pode ser prevenido com atenção, informação e responsabilidade. A população deve estar alerta ao risco do consumo de bebidas adulteradas”, alertou a médica.

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