Atualizado em 25/03/2025 – 13:45

DIEGO FELIX

O mercado publicitário faturou R$ 26,3 bilhões no ano passado, um aumento de 12,1% em relação a 2023. Os grandes responsáveis pelo impulso do setor foram as montadoras chinesas, os eventos e produtos relacionados às Olimpíadas de Paris e as eleições municipais.

Os dados foram compilados pelo Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), um fórum de autorregulação do mercado publicitário, com base em espaços publicitários comprados por 339 agências do país em 2024. De acordo com o órgão, foram considerados os dados de PIs (pedidos de inserção) executados pelos veículos de comunicação.

Datas estratégicas do varejo, como Black Friday e Natal, também foram apontadas como importantes para movimentar o mercado como um todo.

A televisão segue como o canal que lidera o setor, concentrando 42% de todas as inserções feitas no ano e um faturamento de R$ 11,1 bilhões – a maior fatia do segmento veio da TV aberta, que puxou 86,3% das mídias pagas.

A internet é o segundo maior canal publicitário do país, com R$ 10,4 bilhões faturados, o equivalente a 39,8% de participação.

Os espaços publicitários fora de casa, como outdoors, por exemplo, concentraram 11,8% do mercado, seguidos das rádios (4%), jornais (1,4%), revistas (0,4%) e cinemas (0,3%).

O Cenp também divide o mercado nacionalmente e por regiões. As inserções com temáticas nacionais foram responsáveis por 68,2% do total de anúncios no ano. No recorte por regiões, as inserções do Sudeste foram maioria (19,6%), seguidas pelo Nordeste (4,6%), Sul (3,6%), Centro-oeste (2,8%) e Norte (1,1%).

“O crescimento das verbas publicitárias em 2024 mostra, mais uma vez, a vitalidade da nossa indústria e o papel estratégico da publicidade como propulsora do crescimento do país. Trata-se de um setor que impulsiona uma cadeia de diversos outros segmentos, gera milhares de empregos e estimula o consumo, o que reforça a confiança das empresas em investir para se conectar com os consumidores”, afirma em nota Luiz Lara, presidente do Cenp.

Os dados do conselho são monitorados pelo NQT (Núcleo de Qualificação Técnica), organismo estatutário especializado no setor de pesquisa, mídia, circulação e métricas, composto por representantes dos anunciantes, agências, veículos de comunicação, entre outros.

Além disso, a KPMG fez a análise de integridade e segurança do sistema.