Atualizado em 10/01/2025 – 11:54

Mais de 1 mil pessoas estão fora de suas casas por causa das fortes chuvas que têm atingido o Espírito Santo nesta semana. São 969 desalojadas (estão nas casas de parentes ou amigos) e 70 desabrigadas (que precisaram ser acolhidas em algum abrigo no município de origem). O balanço foi divulgado na manhã desta sexta-feira (10) pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil e esse número deve aumentar ao longo do dia porque as informações ainda estão sendo levantadas.

O município mais afetado nesse sentido é Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. Lá, 255 pessoas estão desalojadas. Em Sooretama, 225 pessoas também estão fora de suas casas, assim como 212 em Rio Bananal.

Outros 17 municípios do Espírito Santo estão com moradores desalojados ou desabrigados. Confira a situação:

Previsão

A previsão é de que a chuva continue intensa em vários pontos do Espírito Santo nesta sexta-feira (10), conforme o boletim divulgado pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil no início da manhã. Entretanto, o tempo deve melhorar no sábado (11).

Nesta sexta, há probabilidade de 60% de chuva de 50 a 70 mm e 40% de 70 a 90 mm no extremo Norte do Estado, sendo 20% de chance de tempestade. Já no restante do Espírito Santo, a probabilidade é de chuva mais fraca, principalmente da Grande Vitória ao extremo Sul.

No sábado há baixa probabilidade para chuva na maior parte da faixa leste do Estado. No setor oeste, existe a chance de chuva fraca de até 20 mm nas regiões Serrana e Caparaó.

Ainda de acordo com o último boletim da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, o município de Linhares foi onde mais choveu nas últimas 24 horas: 130,2 mm. A cidade está em alerta máximo para alagamentos por causa do nível do Rio Doce que já ultrapassou a cota de inundação. Segundo moradores, algumas localidades – como o distrito de Bebedouro – já foram invadidas pela água.

Santa Maria de Jetibá, Iúna, Irupi e Guarapari também registraram grandes acumulados de chuva nas últimas horas.

Ocorrências

Na noite desta quinta (9), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que a BR-101 em Linhares estava interditada por causa de um alagamento. Um trecho da mesma rodovia, mas em Presidente Kennedy (km 434), também foi totalmente interditado por causa da queda de uma árvore.

Em Muniz Freire houve queda de barreiras em estradas municipais. Algumas foram parcialmente interditadas e outras totalmente. Muitas ruas ficaram alagadas. Houve desabamento de uma casa na comunidade São Simão, mas apenas perdas materiais e seis pessoas ficaram desalojados.

Em Santa Teresa e Santa Leopoldina, os rios atingiram a conta de inundação e alagamentos atingiram algumas casas. Pessoas ficaram desalojadas.

Em Iúna, quatro casas ficaram inundadas em Trindade. Doze pessoas foram retiradas e ficaram desalojadas. Também houve um deslizamento sentido Ibitirama e um carro foi atingido por uma encosta, mas não vítimas. O carro e pista já foram liberados.

Na rodovia ES-436 há interdição parcial no trecho Sapucaia x ES-245 – Km 11,20 (rompimento de talude).

Na ES-440 há interdição do trecho BR-101 (Bebedouro) x Regência – Km 30,10

Deslizamentos e inundações

No alerta vigente do último boletim da Defesa Civil, há risco de deslizamentos de terra nos municípios de Serra, Mimoso do Sul, Guaçuí, Alegre, Alfredo Chaves, Venda Nova do Imigrante, Muniz Freire, Laranja da Terra, Castelo, Água Doce do Norte, Vila Velha, Rio Bananal, Vitória, Anchieta, Irupi, Santa Maria de Jetibá, Cariacica, Iúna, Ibatiba, Brejetuba, Fundão, Ibiraçu, João Neiva, Aracruz, Afonso Cláudio, Ibitirama, Conceição do Castelo, Santa Leopoldina, Itarana, Santa Teresa, Viana, Guarapari, Marechal Floriano, Domingos Martins e Vargem Alta.

Há risco alto de alagamento em Linhares, por causa do nível do Rio Doce que atingiu a cota de inundação, e moderado em Ibitirama, Serra, Santa Maria de Jetibá, Laranja da Terra, Iúna, Barra de São Francisco e Governador Lindenberg.

A chefe do Departamento de Prevenção e Recuperação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec-ES), major Lorena Rezende, explicou que as pessoas residentes em áreas de risco devem ficar atentas.

“Pedimos que tenham atenção e busquem se salvar se perceberem que a situação pode ficar grave. Busquem autoproteção, vão para casas de parentes, abrigos, deixem suas casas se for preciso. Procurem a Defesa Civil de seus municípios. Guardem itens importantes todos juntos, como documentos, para um caso de evacuação rápida. Pessoas residentes em encostas deve estar atentas a barulhos diferentes, rachaduras no solo, na casa, portas empenando, movimentações de postes e árvores. Evitem áreas de alagamentos, evitem cruzar corredeiras, pois elas são suficientes para levar uma pessoa, até mesmo carros”, alertou.