Atualizado em 13/12/2024 – 08:09
Cerca de 7 mil garrafas de azeites adulterados foram apreendidas na Grande Vitória nesta quinta-feira (12), durante uma operação da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e em conjunto Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Segundo a investigação, os produtos se tratavam, na verdade, de óleo de cozinha e eram vendidos a restaurantes e bares, que repassavam ao consumidor final.
A operação tem âmbito nacional e também foi deflagrada na fábrica de onde o produto adulterado saía, que fica em São Paulo. No local, foi constatado que as garrafas que estavam sendo distribuídas e que chegavam ao Espírito Santo, da marca Mendozitos, continham apenas óleo de cozinha, mas eram rotuladas como azeite.
O titular da Decon, delegado Eduardo Passamani, explicou que as apreensões na Grande Vitória ocorreram em duas distribuidoras, sendo uma em Rio Marinho, Vila Velha, e outra em Rosário de Fátima, na Serra. Eram esses comércios que vendiam para os restaurantes e bares na região.
“Recolhemos todo o material e esses locais não foram interditados. Estamos tratando que, a princípio, a distribuidora da Serra é uma vítima porque estava vendendo a marca Mendozitos, que é uma marca nova no mercado, então partimos do princípio de que eles não sabiam da adulteração. Mas na distribuidora de Vila Velha também encontramos outras duas marcas que já haviam sido divulgadas como proibidas, mas eles alegaram que não estavam comercializando. Vamos investigar, e se eles tiveram vendido sabendo da adulteração, serão punidos”, explicou.
A polícia não soube informar quantos e quais restaurantes receberam esses produtos adulterados, mas esse levantamento está sendo feito. De acordo com o delegado, esses estabelecimentos podem exigir o cumprimento de seus direitos, pois o distribuidor tem que devolver o dinheiro do cliente em casos como este.
A fábrica em São Paulo foi interditada. “A empresa tinha autorização para produzir óleo misto. Em algum momento, eles encaminhavam essas garrafas de óleo misto sem rotulagem, para que fossem rotuladas como azeite e fossem vendidas. Desta vez foi mais grave ainda, porque a fiscalização foi feita no local e foi constatado que nem óleo misto o produto era, era óleo de cozinha”, declarou o delegado.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a marca Mendozitos é uma empresa de fachada, criada apenas para que fosse feita a distribuição dos óleos falsamente identificados como azeites.

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