Atualizado em 15/07/2025 – 10:47
A taxa de migração para o Espírito Santo é a 6ª maior do país, com um ganho populacional de 27,9 mil pessoas entre 2017 e 2022. Foi o que constatou um estudo do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) com base nos dados do último Censo Demográfico, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados analisados, mais de 102 mil pessoas migraram para o Espírito Santo em cinco anos (2017 – 2022), enquanto aproximadamente 74,5 mil capixabas deixaram o Estado no mesmo período. A maioria dos migrantes saiu de unidades vizinhas: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
De acordo com o IJSN, o saldo migratório entre unidades da federação mostra um cenário de atração populacional positiva para o Espírito Santo, refletindo o dinamismo socioeconômico e o potencial de oportunidades da região.
Dados
A pesquisa também destaca que no ano de 2022, a população residente no estado composta por pessoas nascidas no próprio Espírito Santo era de 81,93%, enquanto os demais são majoritariamente oriundos de estados vizinhos, como Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. Também em 2022, a faixa etária predominante entre os imigrantes interestaduais era a adulta, de 30 a 59 anos, (33,18%), sugerindo um perfil migratório com forte vínculo ao mercado de trabalho.
Outro dado relevante é a presença de 7.419 imigrantes estrangeiros no Espírito Santo, dentro de um total de mais de 1 milhão de estrangeiros residentes em todo o Brasil. O estudo analisa ainda a distribuição dos naturalizados brasileiros e estrangeiros não naturalizados por sexo, faixa etária e tempo de residência no país, revelando a diversidade de perfis entre os que escolheram o Brasil como novo lar.
“Os dados ajudam a explicar o crescimento populacional do Espírito Santo, evidenciando que há um movimento expressivo de pessoas vindo de fora. Do ponto de vista econômico, isso demonstra o quanto o Estado se tornou atrativo, especialmente pela oferta de oportunidades que impulsionam a vinda de novos moradores”, destacou o diretor de integração, Antônio Rocha.
A análise contempla também os países de origem das pessoas que passaram a residir no Brasil a partir de 2017 e aponta para uma migração internacional influenciada por múltiplos fatores, como busca por trabalho, refúgio e retorno de brasileiros que estavam no exterior.

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